terça-feira, 30 de julho de 2013

O que são os pesadelos?





Os pesadelos podem defenir-se como sonhos angustiantes que geram, na maior parte dos casos, tremores. Aparecem quando nos encontramos na fase do sono mais profunda, um momento em que experimentamos as imagens de uma forma mais real, o resultado é que ao acordarmos sentimo-nos alterados, com o coração acelarado, nervosos e em casos mais extremos, são os nossos próprios gritos ou choro que nos fazem sair desse estado.

Os pesadelos não permitirem que tenha uma boa noite de sono ou de realizar as atividades diárias por um longo período.

A ansiedade e o estresse são as causas mais comuns de pesadelos. Nos momentos em que por qualquer razão os nossos picos de stress aumentam e sentimo-nos ansiosos ou nervosos. É comum ter pesadelos como uma manifestação do nosso estado emocional. As mudanças muito radicais, como por exemplo uma mudança para outro país, também pode fazer com que tenhamos pesadelos devido à tensão que nos gera. As nossas memórias, conscientes e inconscientes, são fatores determinantes no sonho, e no caso das experiências negativas podem traduzir-se em pesadelos.



Segundo um estudo realizado por cientistas alemães e publicado na European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience, os temas mais recorrentes dos pesadelos são: cair no vazio, ser perseguido, chegar atrasado, a morte de um ente querido, o fracasso e ficar paralisado. Este mesmo estudo revelou ainda que os homens têm sobretudo pesadelos relacionados com a violência e a perda de trabalho enquanto nas mulheres estão mais relacionados com assédio sexual e a morte de um ente querido.


Uma das teorias que explicam a importância dos sonhos ruins vem do psiquiatra Allan Hobson. Para ele, pesadelos são uma espécie de treino para situações de perigo. Fomos selecionados durante milhões de anos de evolução para ter um cérebro que é naturalmente amedrontado - o que explica, por exemplo, o fato de o pesadelo mais comum ser o que envolve algum tipo de perseguição. Ou seja, aqueles que têm muitos pesadelos estariam em vantagem evolutiva, pois ficariam mais alertas e preparados na vida real. E, assim, teriam mais chances de sobrevivência. Neurologicamente, a teoria faz sentido porque uma das áreas mais ativadas durante o sono REM é a amígdala, aquele pedacinho do cérebro que controla a ansiedade e o sistema de fuga ou luta dos animais. "Quem tem mais sonhos desagradáveis fica mais regulado emocionalmente", diz Flávio Aloe, coordenador do Centro Interdepartamental de Estudos do Sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. 



Mas, se existe um fator que os sonhos ruins realmente preveem, é a personalide. Quem tem pesadelos plausíveis, como não conseguir terminar uma prova a tempo, por exemplo, costuma ter grande capacidade de concentração e habilidade para separar o pensamento racional do emocional. Já as pessoas no outro oposto de personalidade têm dificuldade em distanciar a razão da emoção, são mais vulneráveis a situações de estresse, e passam boa parte da vida (acordada) viajando em pensamentos distantes. Mas nem tudo é ruim. "Quem passa a vida tendo pesadelos tem tendências artísticas e criativas que não são encontradas nos outros grupos", diz Patrick McNamara em seu livro Nightmares.



Leia também: O que são os sonhos? 

                      Sonhos Lúcidos 

Nenhum comentário:

Postar um comentário